Viagem e TurismoVTIs um modelo de viagem que faz empresas crescerem

A crise do coronavírus foi assustadora e causou impactos enormes na economia, contudo, nenhuma área sofreu tanto com esse vírus como o turismo. Fronteiras se fecharam e viagens foram desencorajadas, foram milhares de voos e estadias canceladas em uma crise que deverá ser sentida por muito tempo no setor.

Contudo, após a tormenta tudo tende a voltar ao normal e as pessoas devem retomar a rotina diária e também de viagens. E as empresas também devem se organizar para que sejam retomadas as viagens principalmente as que proporcionam negócios e aprendizados. Nesse último caso os grandes exemplos são as Viagens Técnicas Internacionais, ou VTIs.

“Esse modelo de viagens são missões organizadas por empresas, associações e outras entidades (mais recentemente também por influencers), tendo o objetivo de proporcionar experiências que permitam a essas pessoas voltarem para casa com um novo olhar sobre seus negócios proporcionando inovação e melhorias constantes, por meio de visitas técnicas e a interação com cases locais do destino”, explica Charles Franken, sócio da AD Turismo, empresa especializada nesse tipo de viagem.

Esse modelo de turismo estava em um movimento de grande crescimento antes da crise do coronavírus, sendo indicado para todos os segmentos. E a tendência é que se tenha uma rápida retomada desse setor. Muitas empresas suspenderam as viagens que estavam agendadas para o auge do período dessa crise sem precedentes, mas a tendência é o reagendamento tão logo tudo se normalize, já outras empresas que já tinha agendado para o segundo semestre, em sua maioria, mantiveram a agenda.

Como organizar VTIs

Segundo Franken, para iniciar um projeto é preciso decidir quais conhecimentos se objetiva e buscar uma empresa especializada. “O importante é fazer um bom alinhamento de expectativas, e uma criteriosa seleção do destino e das visitas que serão realizadas, para que não seja uma experiencia frustrante para os participantes. Todos devem voltar para casa com a sensação de crescimento e aquisição de conhecimento”.

Ele complementa que uma agenda bem montada é fundamental. “Não podemos ter um volume de atividades intenso ao ponto de impossibilitar a digestão das informações, nem folgado demais trazendo percepção de perda de tempo. Lembrando que o foco das viagens deve ser sempre profissional porém é fundamental termos pelo menos um ou dois dias de lazer visando conhecimento local em termos de cultura, gastronomia, e a própria integração entre os participantes”.

Quem organiza esse tipo de evento deve se atentar, pois são necessários cuidados para que as pessoas não se excedam e atrapalhem a viagem. Além de ter as regras de convívio claras e evidentes antes da viagem, por meio de um documento informativo formal (uma espécie de contrato ou manual do participante), a presença de um líder forte, presente e respeitado é fundamental, impondo os limites ao grupo.

Ponto importante é que essas não são viagens baratas, tendo normalmente custos mais altos, pois não são viagens de férias. São viagens que contam com experiências, e elas contam com custos. além dos custos de hospedagem e transportes de sempre. Além disso, algumas refeições fazem parte do programa para evitar que o grupo de disperse, e em alguns casos o grupo ainda tem o custo de consultorias especializadas no setor proposto que irá trabalhar na construção da agenda técnica.

Contudo, é importante as organizações que se propões a oferecer esse tio de viagem que vejam essa opção como sendo um investimento e não como um custo, pois proporcionará ótimos retornos profissionais no futuro.

“Em relação aos destinos mais desejados, o mapa atual de turismo pede mudar perante a recente crise, e os destinos podem variar de acordo com o foco de cada negócio, mas normalmente os principais destinos têm sido China, Israel, Estados Unidos e destinos que contem com importantes feiras internacionais. Elas podem ser um bom apelo para formação da missão”, explica o sócio a AD Turismo.

Mesmo com a gravidade da crise enfrentada, o que se espera é que o mundo empresarial retome seu ritmo, e para crescimento é preciso aprendizado. Assim, mesmo diante ao cenário nebuloso atual, as VTIs devem ser retomadas, para o bem de nossa economia.

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