Cartão de crédito deve ser aliado

Constantemente vemos notícias falando sobre os altos juros do cartão de crédito e de crescimento de pessoas que se endividam com esta ferramenta. Um ponto em comum quando se fala sobre o tema é a falta de percepção de que o real problema das dívidas está nos hábitos de consumo e na falta de educação financeira.

O cartão de crédito é um meio de pagamento necessário e eficiente, desde que se tenha a consciência ao utilizá-lo. O risco está em perder o controle sobre os valores gastos e cair nas linhas de crédito que são oferecidas pelas operadoras, pois os juros cobrados ultrapassam 230% ao ano, o que realmente é um abuso.

Para que o cartão deixe de ser uma ferramenta de endividamento e passe a ser uma ferramenta de controle das finanças, sugiro algumas medidas preventivas, como jamais pagar apenas a parcela mínima e ter um limite de compras compatível com os rendimentos e nunca acima deles.

O mais importante é ter a clareza de que cartão de crédito não é dinheiro, mas apenas um meio de pagamento. Para não se descontrolar, é necessário ter certeza absoluta de que há dinheiro disponível na data do vencimento para saldar a fatura, do contrário, o endividamento é inevitável.

Destaco que as vantagens do cartão de crédito também devem ser levadas em conta, como é o caso de bônus, premiações e os programas de milhagem que, muitas vezes, podem ajudar a viabilizar as férias da família, por exemplo. Mas alerto que de nada valerão esses benefícios se o uso rotineiro do cartão estiver fora de controle. Ter o cartão de crédito como aliado ou inimigo é uma questão de escolha. Quem respeita o dinheiro certamente saberá usá-lo com moderação e consciência.

Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP, autor de diversos livros sobre educação financeira.

 

 

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